Expansão e Recolhimento (Gilberto)

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Gilberto SMelo
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Expansão e Recolhimento (Gilberto)

Mensagem por Gilberto SMelo »

A origem é a dispersão, a concentração é a perdição. Se concentramos, nos tornamos indivíduos e nos separamos de Deus, que é o nada. Se fazemos para o outro estamos fazendo para nós e ao mesmo tempo expandindo.
O segredo de tudo é fazer para nós através do outro. Assim fazemos por nós, por eles e pelo fundamento. Tudo é o fundamento e nada é a soma de todas as partículas. Podemos buscar o prazer a partir do prazer do outro. Santo de casa não faz milagres, então um bom truque é fazer de conta que estamos fazendo para o outro, quando na verdade estamos fazendo por todos. A experiência não custa nada e dá resultado certo.
A origem não é inteligente, ela é o que é. A tentativa de individualização leva ao sofrimento e nele o tempo tem padrão lento para o negativo e rápido para o positivo.
O melhor é esticar sempre, esticar o prazer, expandir. A identificação de tudo nos torna mais densos, tensos e presos. O fim, nesse ritmo, significa pouco para nós e pouco para o todo, portanto não há que se preocupar. Há que se relaxar, expandir. Fica mais barato, mais fácil.
A tensão se concentra nos órgãos de acordo com a sintonia e traz as doenças. Se relaxamos não há absorção de energias negativas, só irradiação de progressiva purificação.
O desapego começa com o jorrar de nossa energia. Se não jorramos, nos concentramos como um vulcão latente. Mas uma hora o vulcão não suporta mais e explode. A energia negativa tem um limite de concentração a partir do qual implode ou explode. A positiva nunca se concentra. A negativa corta e fere. A positiva toca leve e suave.
Tudo é expansão e recolhimento. Para fora tudo se resolve, para dentro se fecha, se enclausura e se suicida.
Temos que trabalhar para deixar de trabalhar. Temos que conciliar a expansão constante com a atenção que precisamos para trabalhar neste plano.
De vez em quando é possível dar um passeio no nada, mas somos tão concentrados que sempre voltamos. E voltamos bem melhor. Com o bom humor, o afeto, a atenção para fora e o desapego com o de dentro.
Para nos expandirmos não basta começar a expandir. É preciso sair do interior e ir para a superfície, para o exterior. Aí sim há espaço para expandir. Não perdemos nada deixando-nos para trás e mergulhando no nada. Não há caminho único.
Não é essencial aprender ou apreender o conhecimento. É bom se tornar permeável ao conhecimento e a todas as coisas. Com isso podemos deixar passar o indesejável e absorver o desejado. Quanto maior a absorção do positivo, nos tornamos mais fluidos e mais permeáveis, com a tendência do negativo nos incomodar cada vez menos e o positivo ser mais atraído e aproveitado.
Mesmo sem a escolha consciente, ficamos no nível, no plano ou no patamar com o qual nos sintonizamos. A sintonia com um determinado plano elevado nos leva inexoravelmente até lá. A decisão relativamente difícil é a disposição ou não de abandonarmos a nós mesmos, abandonarmos este monte de preconceitos, manias, paranóias, medos e individualismo. Mas sempre é possível ir aproximadamente ao estado ou local onde se quer chegar. Com vigilância constante e de olho nos ganchos que tendem a nos prender ao passado.
Com a tensão a vida acaba perdendo o sentido. Com a expansão nada precisa fazer sentido. A tensão concentra as gorduras, por isso não adianta fazer dietas ou ginástica. A expansão permite que a gordura saia, a libera. A tensão a aprisiona e concentra.
Trabalhar para depois parar, atentar para depois relaxar, caminhar para depois parar. Não trabalhar sempre, não parar sempre, não caminhar sempre. Viver, rolar, deixar acontecer. Sorrir, gozar, desconcentrar, espalhar e revirar. Expandir e relaxar.
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