Familia Basilio e Melo

Sempre que encontramos uma escolha
Uma situação qualquer a resolver
Algo tão simples como sim e não
Ou talvez não só isto também não
Qualquer emoção que tenhamos a viver
Desde aquela em que sentimos nosso ser se esquecendo de ser
Até aquela em que experimentamos o seqüestro do nosso ser
Enfim, em tudo aquilo em que nos permitamos acontecer

Na simples escolha de não querer ser nada
Na decisão própria de querer ser víscera
Na questão tormentosa de querer ser éter
Na perene interrogação sobre “quem somos”

Em tudo isso aí atrás e em muitas outras coisas mais
Nos exigimos um cérebro OK
Seguindo um físico, emocional e espiritual OK
Precisaríamos de um ser atento
De um ser como todo vibrando a contento
Necessitaríamos uma percepção supra-humana
Um estado um tanto longe deste em que vivemos

Para resolver a maioria dos desafios
Não nos contentamos em ser só nós mesmos
Exigimos a todo tempo sermos mais
Imaginamos outro ser que é super
Que em sabedoria pode muito mais
A todo momento procuramos angustiados
Alguém que nos represente melhor
Uma figura que seja superior

Para resolver até pequenas coisas
A grande maioria dos nossos desafios
Procuramos o tempo todo alguém que não existe
Tentamos ser sem nos transformar
Nos desviamos a todo tempo procurando outro
Deixando de curtir a auto-aceitação, auto-identificação
O que nos dá prazer, o auto-encontro