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Reflexões (Gilberto)

Enviado: Sáb 28 Mai 2005 9:53 pm
por Gilberto SMelo
Ser tolerante consigo mesmo, este é o segredo. Se somos tolerantes conosco mesmos não nos exigimos mais do que podemos fazer nem ficamos em constante guarda avaliando nossos próprios atos e pensamentos. Relaxando em relação a este auto-policiamento passamos a ser mais naturais, mais autênticos e mais saudáveis.
Sendo tolerantes em relação a nós mesmos, não nos exigimos uma posição rigorosa em relação aos outros, passamos a ser mais flexíveis, a ter um espectro mais largo de tolerância para tudo aquilo que recebemos de todos a todo momento. Desta forma, não estamos fazendo um esforço para aceitar o outro, mas apenas alargamos a nossa percepção para entendê-lo mais facilmente. A partir daí muito pouca coisa nos incomodará, não teremos a preocupação de passar todos os comportamentos alheios e todos os fatos ao nosso redor pelo nosso crivo, pelo que achamos que é certo. É como se fôssemos uma peneira e aumentássemos os seus furos, de tal forma que quase tudo passa sem causar atrito.
A qualidade que adquirimos sendo tolerantes é a permeabilidade. Tornando-nos mais permeáveis passamos a perceber que o mundo não está contra nós, que as forças negativas não são dirigidas contra nós e que só sentimos o seu impacto se formos impermeáveis, intolerantes, individualistas. Aqueles que são impermeáveis retém as energias negativas que circulam à nossa volta em turbilhões, da mesma forma que uma peneira fina retém o seu conteúdo, acarretando um esforço excessivo em suas malhas. Nos homens intolerantes o efeito da impermeabilidade é arrasador, pois além de agir diretamente na saúde física, emocional e espiritual, os faz perder totalmente a referência da partícula divina que tem em seu interior.
Eu sempre me exigi ser inteiro, íntegro, exageradamente certo. Muitas vezes quis de outros harmonia, mas nem todos na verdade querem isto. Eu não posso exigir harmonia entre os outros. Eu só posso contribuir com a harmonia que parte de mim.