A Serra da Pindamonhangaba
Tem uma história triste
Desde os tempos que existe
Nada igual se viu contar
Certo dia de madrugada
Dormindo seus matos, bichos e águas
Apareceu algo no céu, que espanto
Chegou brusco e se postou imponente
Era algo que brilhava, brilhava muito
Cheiro é claro que não tinha
Mas ficou pairando por cima da serra
Não quis pisar naquela serra de gado e capim
Ficou lá brilhando e às vezes piscando
E a serra observando meio de banda
Procurando uma janela que pudesse mostrar dentro
Mas estava alto e não tão perto do seu sentido
A serra a princípio achou curioso
Mas foi logo se irritando com o paradeiro
Começou a se incomodar com a falta de contato
Achou aquilo um troço bobo e manhoso
Se irritou e se irritou e se irritou
E resolver pedir ajuda aos amigos
Diante do paradeiro que ali estava
Pediu ao vento, às nuvens, aos céus
Que ali despejassem uma boa chuva
Daquela que espanta até bicho grande
E a chuva veio com raios e trovões
De cara espantou o visitante
Aquele visitante imponente e silencioso
Lá se foi o mais importante da história
Se foi sem sabermos o que era
Por causa da triste impaciência da serra
A Serra da Pindamonhangaba (Gilberto)
Moderador: Gilberto Melo
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