Dona Alice, a economista (Gilberto)
Enviado: Seg 19 Abr 2010 12:28 pm
Diante da escassez de recursos até para a compra de alimentos, a Dona Alice tornou-se uma economista auto-didata. Era mesmo impressionante como ela conseguia dividir, e bem dividido.
No café da manhã tínhamos na maioria das vezes era um pão de meio quilo, que era criteriosamente dividido em pedaços equivalentes para os nove filhos, para não haver disputas. Disputa sempre havia para o “bico do pão”, que todos queriam, mas os mais velhos tinham preferência.
No almoço e no jantar era a divisão da carne ou do omelete. Minha mãe separava, para os nove filhos, uma porção calculada para cada um. Lembro-me muito bem quando chegava do colégio à noite, lá estavam as “porções” separadas para cada um dos filhos que chegavam mais tarde.
Tudo que a D. Alice ganhava, como um prato de mingau, uma fruta, um pouco de doce, ela fazia questão de dividir em porções iguais para todos, mesmo que fosse apenas uma “prova” como dizia ela. O mesmo acontecia quando ela fazia mingau de farinha de trigo, salada de frutas (todo dia 1º. de janeiro). Nos aniversários às vezes havia uma broa de fubá com bicarbonato, feita na trempe do fogão, que era dividida matematicamente em pedaços iguais para os filhos.
Com as noções de economia da Dona Alice ela sempre fazia com que a "faltura" pudesse se tornar uma fartura.
No café da manhã tínhamos na maioria das vezes era um pão de meio quilo, que era criteriosamente dividido em pedaços equivalentes para os nove filhos, para não haver disputas. Disputa sempre havia para o “bico do pão”, que todos queriam, mas os mais velhos tinham preferência.
No almoço e no jantar era a divisão da carne ou do omelete. Minha mãe separava, para os nove filhos, uma porção calculada para cada um. Lembro-me muito bem quando chegava do colégio à noite, lá estavam as “porções” separadas para cada um dos filhos que chegavam mais tarde.
Tudo que a D. Alice ganhava, como um prato de mingau, uma fruta, um pouco de doce, ela fazia questão de dividir em porções iguais para todos, mesmo que fosse apenas uma “prova” como dizia ela. O mesmo acontecia quando ela fazia mingau de farinha de trigo, salada de frutas (todo dia 1º. de janeiro). Nos aniversários às vezes havia uma broa de fubá com bicarbonato, feita na trempe do fogão, que era dividida matematicamente em pedaços iguais para os filhos.
Com as noções de economia da Dona Alice ela sempre fazia com que a "faltura" pudesse se tornar uma fartura.