Criança comportada... (Geraldo)
Enviado: Sáb 28 Mai 2005 12:50 am
Eu sempre fui uma criança muito bem comportada, mas eu era tido como “levado”, por qualquer coisinha. Por exemplo, ganhei um belo castigo, uma vez, por causa de um vizinho, o Toninho ameixa, colega de infância.
Só porque eu gostava muito de acarinhar a mamãe, foi assim:
Eu esperava que ela estivesse muito ocupada, mexia com ela e saía correndo, morrendo de rir, sem dar a ela possibilidade de reagir.
Nesse dia ela estava fazendo almoço, lavando arroz na baciinha de alumínio. Cheguei na cozinha e, percebendo a situação ideal, comecei a pular e falar coisas que a irritava.
- Geraldo, pára! Pára, Geraldo! Tô avisando...
Eu, “ingenuamente”, continuei a irritá-la, apesar das ameaças.
- Geraldo, pára! Pára Geraldo! Tô avisando...
Num dado momento, não resisti à tentação: Dei-lhe um belo tapa na região glútea (porque da mãe da gente não se fala em bunda) e saí correndo, pulando, rindo, todo vitorioso. Fiquei no terreiro da sala, pronto para escapar pra rua, se eu fosse vítima de alguma injusta vingança.
De repente, chega o Toninho e, sem perceber nada diferente, pergunta sobre o Gilberto.
- Tá lá dentro. Pode entrar, Toninho.
Ele entrou pelo corredor lateral da casa, rumo à porta da cozinha. Quinze segundos depois, a gritaria:
- Quê isso, donalice? Quê isso?
- Desculpa, Toninho...!!! Geraaaaaaldo!!!
Não pude deixar de saber, depois, o que acontecera. Depois de lavar o arroz, mamãe encheu d’água a baciinha de alumínio e colocou-a na paredinha que dividia a cozinha e a copa, esperando que eu entrasse para me molhar todo. O Toninho entrou antes de mim.
Fiquei de castigo, tudo bem. Mas minha alma já era generosa. Nem fiquei de mal dele, na época, e ainda o considero um cara legal, até hoje.
Só porque eu gostava muito de acarinhar a mamãe, foi assim:
Eu esperava que ela estivesse muito ocupada, mexia com ela e saía correndo, morrendo de rir, sem dar a ela possibilidade de reagir.
Nesse dia ela estava fazendo almoço, lavando arroz na baciinha de alumínio. Cheguei na cozinha e, percebendo a situação ideal, comecei a pular e falar coisas que a irritava.
- Geraldo, pára! Pára, Geraldo! Tô avisando...
Eu, “ingenuamente”, continuei a irritá-la, apesar das ameaças.
- Geraldo, pára! Pára Geraldo! Tô avisando...
Num dado momento, não resisti à tentação: Dei-lhe um belo tapa na região glútea (porque da mãe da gente não se fala em bunda) e saí correndo, pulando, rindo, todo vitorioso. Fiquei no terreiro da sala, pronto para escapar pra rua, se eu fosse vítima de alguma injusta vingança.
De repente, chega o Toninho e, sem perceber nada diferente, pergunta sobre o Gilberto.
- Tá lá dentro. Pode entrar, Toninho.
Ele entrou pelo corredor lateral da casa, rumo à porta da cozinha. Quinze segundos depois, a gritaria:
- Quê isso, donalice? Quê isso?
- Desculpa, Toninho...!!! Geraaaaaaldo!!!
Não pude deixar de saber, depois, o que acontecera. Depois de lavar o arroz, mamãe encheu d’água a baciinha de alumínio e colocou-a na paredinha que dividia a cozinha e a copa, esperando que eu entrasse para me molhar todo. O Toninho entrou antes de mim.
Fiquei de castigo, tudo bem. Mas minha alma já era generosa. Nem fiquei de mal dele, na época, e ainda o considero um cara legal, até hoje.